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Candidíase em idade pediátrica

A candidíase é uma infeção causada por fungos do género Cândida, maioritariamente pela Cândida Albicans. É a doença fúngica mais comum do mundo. Este fungo vive normalmente em harmonia e equilíbrio em diferentes partes do organismo (boca, intestinos, área geniturinária), sem causar nenhum sintoma.

O que é?

A candidíase é uma infeção causada por fungos do género Cândida, maioritariamente pela Cândida Albicans. É a doença fúngica mais comum do mundo. Este fungo vive normalmente em harmonia e equilíbrio em diferentes partes do organismo (boca, intestinos, área geniturinária), sem causar nenhum sintoma.
No entanto a imunidade incompleta típica da primeira etapa da vida associada ao tratamento com antibióticos, fraldas húmidas muito tempo em contacto com a pele, suor ou humidade podem contribuir para a proliferação excessiva dos fungos.

Quais são os tipos de candidíase e como se manifestam?

  • Oral: vulgarmente conhecida como "sapinhos". É muito frequente, particularmente nos bebés ou em crianças que usam corticoide inalado. São lesões tipicamente brancas, com aspeto cremoso, que podem aparecer na língua, lábios ou gengivas, e que não desaparecem após raspagem. Podem ser completamente assintomáticas, ou causar alguma recusa alimentar e excesso de produção de saliva.
  • Cutânea: pode envolver áreas húmidas do corpo como espaços interdigitais, mamas, axilas, pregas ou até debaixo das unhas.
  • Vaginal: quando a infecção se localiza na vagina. São tipicamente lesões vermelhas com pontilhado esbranquiçado.
  • Perineal: localiza-se na zona ao redor da abertura do canal anal. São lesões semelhantes às que encontramos na candidíase vaginal, por vezes, aspeto húmido.

Estes três últimos tipos de candidíase podem manifestar-se sobretudo em forma de coceira, estando a vaginal e a perineal associadas ao uso de fralda.

É preciso realizar algum exame especial para o diagnóstico?

Não. A observação direta das lesões é suficiente para realizar o diagnóstico. Em raras ocasiões, nas quais há várias recorrências do problema, pode ser necessário a raspagem das lesões para análise em laboratório.

Quem pode ter esta infeção?

Os recém-nascidos e crianças no primeiro ano de vida são particularmente vulneráveis pelas suas defesas mais frágeis, uma vez que o sistema imunitário não está ainda completamente desenvolvido, contudo pode também ocorrer noutras idades.

É mais frequente em alguma época do ano?

Sim. A candidíase é mais frequente nas estações mais quentes do ano, devido ao excesso de suor.

É um problema importante?

A maioria das infeções é benigna. Frequentemente não apresenta sintomas, mas pode causar desconforto, irritabilidade ou dor.

Como devo atuar perante estes sintomas e como é feito o tratamento?

Se o/a seu/sua filho/a manifestar algum destes sintomas, deverá recorrer ao seu médico assistente, pois poderá necessitar de tratamento. O tratamento é geralmente feito com antifúngicos que devem ser aplicados no local.
Na candidíase oral, este tratamento pode passar pela administração de um antifúngico oral (gotas de aplicação na boca);
Quando a candidíase afeta a região urogenital, poderá ser necessária a aplicação de um antifúngico tópico (creme para aplicar no local).
Em caso de amamentação e se o fungo se manifestar também no mamilo da mãe, esta deve fazer também o tratamento com um creme antifúngico, não havendo contraindicação para manter a amamentação.
No caso de sobreinfeção bacteriana, está indicada a utilização de um antibiótico tópico, embora estes sejam casos raros.

Pode ocorrer transmissão entre crianças?

Pode ocorrer transmissão através de objetos mordidos previamente por uma criança infetada e que posteriormente entraram em contacto com a saliva de uma outra criança. Mas não há indicação para evitar as idas à escola ou infantário.

O que posso fazer para evitar uma infeção?

  • Esterilizar as superfícies em contacto com a boca da criança: tetinas, chupetas e brinquedos;
  • Não compartilhar talheres, chupetas, ou outros objetos utilizados pela criança;
  • Remover os vestígios de leite após cada refeição, podendo utilizar uma gaze esterilizada embebida em soro fisiológico fazendo gestos suaves que permitam limpar a boca do bebé;
  • Nas crianças amamentadas, lavar a mama após cada mamada;
  • Lavar as mãos sempre antes e após cada muda de fralda;
  • Se a criança utilizar dispositivos inalatórios (“bombinhas da asma”), estes deverão igualmente ser desinfetados;
  • Manter as fraldas e roupas íntimas limpas e secas;
  • Evitar roupas de praia molhadas por muito tempo após piscina e banho de mar;
  • Secar bem as dobras do corpo após o banho.
Mário Ribeiro, Interno em Formação Específica de Pediatria do Hospital de Braga, com a colaboração da Dr.ª Marlene Rodrigues, Pediatra no Serviço de Pediatria do Hospital de Braga.

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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