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De pequenino é que se torce o pepino, mas as escolas não têm nutricionistas

Uma alimentação adequada que conduza a mais e melhor saúde exige especialistas nos estabelecimentos de ensino. A Ordem dos Nutricionistas insiste no assunto e lembra que o Ministério da Educação tem apenas dois profissionais nas estruturas centrais.

Doces e refrigerantes praticamente todos os dias, pouca fruta e legumes no prato. Muito açúcar, e aqui mais de 20% dos adolescentes portugueses consomem níveis superiores ao que é recomendado, sal a mais já misturado com os alimentos, e o pequeno-almoço que, por vezes, não existe, acabando por não ser a primeira refeição do dia. Os estudos que têm sido feitos nesta matéria confluem na constatação de que os jovens têm comportamentos alimentares desajustados ao que é aconselhado para esta faixa etária de pleno crescimento.

O excesso de peso é um problema não resolvido nesta população. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil já avisou que 28,5% das crianças entre os 2 e os 10 anos têm excesso de peso, das quais 12,7% são obesas. E quando se sensibilizam os alunos para o desperdício alimentar, verifica-se que a sopa, os legumes e a fruta são o que mais se deita fora nas cantinas escolares. A educação começa em casa, é certo, mas o que se faz nas escolas pode ser uma ferramenta importante e preciosa para combater a falta de literacia em relação à alimentação saudável.

A Ordem dos Nutricionistas puxa novamente o assunto para a ordem do dia depois de conhecidos os dados do 2.º Grande Inquérito da Sustentabilidade em Portugal, que revelam que os portugueses querem mais medidas de promoção de uma alimentação saudável. Segundo o inquérito, oito em cada 10 portugueses consideram que o Governo deve intervir “para promover hábitos alimentares mais saudáveis e a maioria apoia de forma expressiva o alargamento de medidas como a redução de açúcar nalguns alimentos”.

A Ordem relembra que faltam nutricionistas nas escolas e que há apenas dois profissionais desta área nas estruturas centrais do Ministério da Educação. “Não se percebe como é que, apesar de todos os indicadores que vamos conhecendo sustentarem a importância e relevância de nutricionistas nas escolas, continuamos a não ter nutricionistas para os 9896 estabelecimentos de ensino públicos que o país tem”, refere Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, em comunicado.

O ano letivo começou e, no entanto, não há contratos assinados com nutricionistas. A Ordem sustenta que o Governo deve e precisa de ir mais longe nas medidas que promove. Até porque, sublinha, as escolas são “locais privilegiados para assegurar e promover mais e melhores hábitos alimentares”. Na sua perspetiva, só com a presença de nutricionistas nos estabelecimentos de ensino “é possível investir numa política que promova de forma efetiva uma alimentação adequada que conduza a mais e melhor saúde”.

Os resultados do inquérito, recentemente divulgados, mostram ainda que a grande maioria dos portugueses “concorda com um maior controle na alimentação escolar através de políticas públicas, de forma a reduzir as ofertas menos saudáveis”. A Ordem dos Nutricionistas destaca esta mensagem que, na sua opinião, “indica os portugueses esperam mais ação por parte do Estado, constatando que ainda há muito trabalho a fazer para que a alimentação saudável esteja assegurada nos meios mais sensíveis da sociedade, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde e nas escolas”.

Sara R. Oliveira

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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