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Febre na criança

A febre é o principal motivo pelo qual os pais procuram assistência médica, sendo responsável por um elevado número de consultas e idas ao serviço de urgência, provocando sempre alguma ansiedade por parte dos pais.

Qual a definição de febre?

A febre define-se como uma elevação da temperatura corporal, acima dos valores considerados normais para a criança. Contudo, há que ter em consideração que a temperatura corporal varia de acordo com vários fatores: o ritmo circadiano (diário), sendo mais baixa por volta das 4 horas e mais elevada por volta das 18 horas, com uma variação máxima de 0,6 ºC, a temperatura ambiente, o vestuário, a atividade física, alterações emocionais e também com o local onde se faz a medição. Desse modo, podemos considerar que uma criança tem febre se tiver uma temperatura retal superior a 38 ºC, timpânica superior a 37,6 ºC e axilar superior a 37,4 ºC, tendo em atenção que não nos devemos basear num valor único. Habitualmente é mais consensual considerar que a criança tem febre se apresentar uma temperatura axilar superior a 38 ºC, independentemente da idade.

Qual é o seu mecanismo?

A temperatura corporal é regulada pelo centro termorregulador do organismo, situado no cérebro, mais precisamente no hipotálamo anterior, que funciona como um termóstato. Na presença de febre, o hipotálamo ajusta o ponto de termorregulação para um valor mais elevado, levando o organismo a aumentar a temperatura corporal para atingir esse valor. Na prática, isso dá origem aos sinais e sintomas comuns de febre como os tremores e arrepios (contração muscular para produção de calor) e mãos e pés frios (vasoconstrição periférica para preservação de calor).

É sinónimo de doença grave?

Na grande maioria dos casos, a febre é desencadeada por processos benignos, funcionando como um mecanismo de defesa do nosso organismo, dando-nos indicações que o nosso sistema imunitário está a reagir a uma agressão externa (como por exemplo uma bactéria ou um vírus). Não deve por isso ser vista como uma "doença", mas sim como uma primeira etapa no combate a uma eventual "doença". Todos nós sabemos que a febre surge habitualmente como resposta a agentes infeciosos (bactérias, vírus, fungos ou outros microrganismos), mas também pode ser provocada por agentes não infeciosos como medicamentos, vacinas, traumatismos ou queimaduras. Regra geral dura apenas alguns dias e não tem complicações graves.
Os sinais e sintomas da febre podem ser óbvios ou subtis, consoante a idade da criança, sendo mais difícil de avaliar nas crianças mais pequenas. Nos lactentes (crianças com menos de 12 meses), a febre pode manifestar-se por irritabilidade, apatia, sonolência, choro, recusa alimentar, respiração acelerada, alterações dos hábitos de sono/vigília, entre outros. Nas crianças mais velhas, estas podem queixar-se de sensação de calor/frio, dores corporais, dores de cabeça, dificuldade em dormir ou maior sonolência, diminuição do apetite, etc.

Como posso medir a temperatura?

A medição da temperatura deve ser feita utilizando um termómetro. No mercado existem termómetros de vidro, de mercúrio, digitais e timpânicos (auriculares). Os termómetros de vidro têm o risco de partir e a leitura pode demorar alguns minutos. Os termómetros auriculares podem ser usados em crianças mais velhas, contudo, apesar de a leitura ser rápida, têm de ser muito bem colocados para que a leitura seja correta e podem dar valores alterados caso a criança apresente cera em excesso, ou dar valores mais elevados na presença de uma otite. Os termómetros de mercúrio não devem ser utilizados pelo risco de exposição acidental a este tóxico.
Os termómetros mais utilizados e fidedignos são os termómetros digitais.

Hugo Cavaco, com a colaboração de Sofia Martins, pediatra do Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos de Braga

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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