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Inteligência corporal-quinestésica

O movimento, o tato e, frequentemente, o sentido de orientação são áreas fortes da inteligência corporal-quinestésica.

"Parece que tens 'bichinhos carpinteiros'."

"Nunca estás quieto."

"Tens olhos nas pontas dos dedos? Não consegues ver só com os olhos? É preciso pegar em tudo?"

Quantas vezes já não presenciámos ou vivemos situações em que surgem frases idênticas a estas? O movimento e os sentidos são formas de interagir com o meio e de aprender que muitas pessoas privilegiam relativamente a outros processos. À ideia tradicional de inteligência contrapõe-se a ideia de inteligências múltiplas, com características específicas. Gardner, um psicólogo americano, definiu sete inteligências: inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência corporal-quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal. Neste artigo vamos analisar a inteligência corporal-quinestésica.

Inteligência corporal-quinestésica

Características: As pessoas com este tipo de inteligência interagem com o mundo preferencialmente através do corpo, mobilizando os seus sentidos. O movimento é também importante para a aprendizagem. Habitualmente têm um bom controlo dos movimentos e manipulam objetos com muita eficácia. O movimento, o tato e, frequentemente, o sentido de orientação são áreas fortes da inteligência corporal-quinestésica. Trata-se de um tipo de inteligência vulgarmente relacionado com os desportistas. No entanto, ela é muito mais abrangente. Profissionais de uma diversidade de muitos outros domínios necessitam de fazer uso de competências relacionadas com este tipo de inteligência. É o caso dos cirurgiões, dos bailarinos, dos fisioterapeutas ou dos carpinteiros, por exemplo.

Como podem os professores/educadores ajudar os alunos/crianças/jovens no desenvolvimento desta inteligência:

  • Levando-os a dramatizar aspetos da matéria a aprender, por exemplo na disciplina de História.
  • Utilizando materiais manipulativos para o estudo de matérias mais abstratas e para a resolução de problemas, por exemplo no domínio da Matemática.
  • Promovendo visitas de estudo.
  • Sugerindo-lhes que, durante a leitura, sigam o texto com o dedo ou uma caneta, no caso de terem dificuldade e de perderem o fio condutor do que leem. Esta estratégia facilita a concentração na tarefa e ajuda até a imprimir um ritmo mais rápido à leitura, através de um movimento gradualmente mais rápido do dedo/lápis.
  • Utilizando jogos com gestos (ex.: O gesto é tudo) para estudar vocabulário estrangeiro ou para estudar/rever outras matérias com outros colegas ou familiares.
  • Promovendo a realização de experiências. Estas podem (e devem) ser feitas na escola, visto que os programas das disciplinas assim o preveem. No entanto, há muitas experiências que podem ser feitas em casa. Existem muitos livros disponíveis nas livrarias com experiências que podem ser feitas em casa e que se inserem no âmbito de diversas disciplinas escolares.

Bibliografia:

Chapman, C. (1993). If the shoe fits... How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Chapman, C. & Freeman, L. (1997). Multiple intelligences: Centers and projects. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences. London: fontana Press.
Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar Aprender a estudar (4ª ed.). Porto: Porto Editora.


ARMANDA ZENHAS
Professora aposentada. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Mestre em Educação, área de especialização em Formação Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. Autora de livros na área da educação.
Professora profissionalizada nos grupos 220 e 330. Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professora profissionalizada do 1.º ciclo, pela Escola do Magistério Primário do Porto.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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