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A Internet chegou e o mundo mudou. Tudo online, tudo num ecrã, todos ligados. Informações ao segundo, novas ferramentas e recursos modernos, janelas e portas abertas a conteúdos de todas as áreas. A Internet, que mostrou um novo mundo ao mundo, deveria ser um lugar cada vez mais seguro. Mas não é bem assim. A Internet pode ser boa e pode ser má. E as crianças e os jovens são um alvo fácil.
A Internet abriu uma nova era cheia de desafios, riscos, ameaças, perigos. Acesso direto e rápido ao que antes era impensável. Conexões permanentes que tornam perto o que está longe. Imagens e vídeos do que nunca se pensou ver. E um outro lado, negativo, de exploração, assédio virtual, jogos sem sentido, cyberbullying, exposição a conteúdos inapropriados e violentos, publicação de informações privadas e dados sensíveis nas redes sociais, entre outras situações.
A segurança dos mais novos na Internet devia ser uma responsabilidade de todos e exigir uma abordagem abrangente de governos, escolas, pais, educadores. Até porque o viver online veio para ficar, o ensino à distância já foi utilizado, e a educação digital tem cada vez mais importância.
A Internet trouxe outras maneiras dos mais novos comunicarem, aprenderem, brincarem, ouvirem música, partilharem informação. Estão sempre expostos e há vários manuais e conselhos internacionais para proteger o bem-estar, a integridade e a segurança de crianças e jovens. Em Portugal, o Projeto MiudosSegurosNa.Net surgiu precisamente para ajudar famílias, escolas, comunidades, na utilização responsável e segura das novas tecnologias de informação e comunicação pelos mais novos.
“Hoje, a tecnologia coloca o mundo na palma da mão, quarto de dormir e salas de aula de crianças e jovens. Todas estas tecnologias dotam crianças e jovens com fontes de informação, ideias, ligações e recursos fantásticos e sem precedentes. Se tal pode significar facilidade de acesso a um manancial de recursos que são cruciais à sua educação e desenvolvimento, como vimos também pode significar toda uma série de novos riscos, perigos e ameaças que poderão não ser do conhecimento de famílias, escolas e comunidades ou com os quais estas podem não saber lidar”, lê-se no site do projeto. “Assim, se usadas de forma irresponsável e não segura, as novas tecnologias de informação e comunicação podem gerar mais problemas do que benefícios”.
Atenção, diálogo, envolvimento
Já em 1999, a Comissão Europeia, no seu Plano de Ação para a Utilização Segura da Internet, revelava que as principais preocupações nesta matéria se prendiam sobretudo com conteúdos impróprios de violência, ódio, racismo, ideais extremistas, bem como contactos de pessoas mal-intencionadas, e ainda práticas comerciais e publicitárias pouco éticas.
O projeto MiudosSegurosNa.Net, fundado por Tito de Morais, acrescenta mais ameaças. “Comportamentos irresponsáveis ou compulsivos que, aliados ao uso excessivo da tecnologia, podem resultar na redução da sociabilidade e do aproveitamento escolar, podendo mesmo conduzir à dependência”. Não se pode esquecer que é possível crianças, jovens e adultos tornarem-se psicologicamente dependentes da Internet.
Há ainda o desrespeito pelo copyright, ou seja, “a violação dos direitos de autor, resultante da cópia, partilha, adulteração ou pirataria de conteúdos protegidos pela lei”. Um software de filtragem, bloqueio e monitorização pode ser facilmente fintado. Há, inclusive, sites que explicam como imobilizar esses programas, e alguns chegam a invadir a privacidade.
“Então, como manter as crianças e os jovens seguros online? Como nos podemos certificar que estão a usar a Internet e outras tecnologias online em benefício da sua educação, formação e desenvolvimento, sem se exporem desnecessariamente a riscos e ameaças de segurança?” O MiudosSegurosNa.Net coloca a questão e dá conselhos a pais e educadores. “Assuma o seu papel e responsabilidades específicas, envolvendo-se no assunto e tomando o controlo ativo sobre a situação”.
Aprofundar conhecimentos sobre os riscos, dialogar e educar sobre os benefícios e perigos do online, envolver a comunidade, são passos a ter em conta. “A segurança online de crianças e jovens começa em casa, mas também implica a participação do meio envolvente. Afinal, são inúmeros os locais a partir dos quais crianças e jovens podem aceder à Internet”. O esforço tem de ser contínuo. “A segurança é um processo dinâmico. Para se estar seguro, tem de se estar preparado para as eventualidades”.
Escolas e alunos online
A Internet está em todo o lado, a Educação não é exceção e, neste cenário de pandemia, a comunidade escolar teve e tem de estar permanentemente conectada. No próximo ano letivo há vontade de avançar com manuais digitais em 10 escolas de diferentes contextos socioeconómicos e há 15 anos que a Escola Virtual, projeto da Porto Editora, disponibiliza conteúdos educativos digitais e interativos relacionados com os programas curriculares do 1.º ao 12.º ano de escolaridade. Os acessos a esta plataforma de ensino e aprendizagem foram gratuitos desde o encerramento das escolas devido à pandemia.
O reforço escolar online tem vantagens. Aprender o mesmo conteúdo de diversas formas e de maneiras mais apelativas, aumentando os níveis de motivação de quem aprende e de quem ensina. Novas tecnologias aproximam os alunos dos conhecimentos que mais lhes interessam. Um modelo mais personalizado e um maior respeito pelos ritmos de aprendizagem. O ambiente virtual ajuda a sair da rotina da sala de aula tradicional.
Entretanto, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que 65% dos jovens garantem ter aprendido menos desde o início da pandemia por causa da transição da sala de aula para as aulas online. A pandemia revela divisões digitais, 65% dos jovens de países com rendimentos mais elevados tiveram aulas online, percentagem que desce para 18% de alunos de países com baixos rendimentos que tiveram condições para continuar a estudar à distância. O cenário dos jovens portugueses não difere dos resultados globais do estudo da OIT.
A pandemia deixou um em cada oito jovens, 13% do total, sem qualquer acesso a aulas, ensino ou formação, situação que se agrava entre os jovens de famílias com baixos rendimentos. Há esforços para que isso não aconteça. Na Madeira, por exemplo, os 2200 alunos do 5.º ano das escolas públicas tiveram tablets e acesso a manuais digitais de todas as disciplinas, e os professores tiveram ao dispor conteúdos do pré-escolar ao 12.º ano, através da Escola Virtual, num projeto que estará em vigor até ao ano letivo de 2023/2024.
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