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‘Mães digitais’ e informação online

Um estudo com casais a residir na Europa e na Austrália sobre a forma como usam a Internet em sua casa revela um dado interessante. As mulheres, particularmente as recém-mães, tendem a usar a Internet para trabalho, para assuntos ligados à lida da casa e organização de atividades para as crianças. Enquanto os homens tendem a fazer uso da Internet mais como um tempo para si próprios.

De certa forma, esta investigação revela uma tendência para a reprodução da tradicional atribuição de papéis do que é ser mãe e pai, agora na era dos lares povoados com tecnologia. Ainda de acordo com outra investigação, para as mães, a Internet é uma fonte de informação sobre dicas de saúde para o seu bebé, como alimentar ou até carregar a criança, entre outros assuntos ligados ao seu bem-estar.

Contudo, perante tanta informação disponível na Internet, como distinguir o trigo do joio, que informação deve ser considerada fidedigna?

De acordo com um estudo realizado recentemente, a combinação de tecnologias de comunicação com encontros com profissionais permitiu às mães envolvidas na investigação adoptar práticas que se afastavam das tradicionais, que antes confiavam sobretudo na família e noutras relações apenas baseadas na proximidade física.

Com o acesso facilitado a uma grande quantidade de informação, o mais simples é ficar-se pela pesquisa no Google. Coloca-se, então, o problema de saber avaliar a veracidade da informação que se encontra online. Para ajudar a determinar se a fonte a que levou essa pesquisa é minimamente fiável, ou não, as 7 perguntas seguintes podem ajudar nessa tarefa.

  1. Qual é o objetivo do site/blogue? Através do título, do subtítulo e/ou da descrição do website, é possível obter pistas sobre a natureza e objetivos da página. No caso de blogues, vale a pena recuperar a mensagem inicial onde se enunciam muitas vezes as intenções que estiveram por detrás da criação e manutenção desse espaço.
  2. Existe algum fim comercial? – Analisando o site consultado, há alguma marca por detrás do conteúdo geral, ou de alguma parte específica? Se for o caso, naturalmente as sugestões e dicas devem ser lidas à luz dos interesses desse(s) patrocinador(es).
  3. É possível identificar o/a autor/a? Uma página ou blogue que identifica claramente o nome do autor, bem como uma forma de estabelecer contacto com quem produz esses conteúdos, dá maiores garantias de seriedade relativamente a informação produzida de forma anónima e sem possibilidade de estabelecer interação com a fonte.
  4. Como está organizada a página? A forma como aparecem os conteúdos pode revelar algo sobre o site. Por exemplo, se o aspeto é “demasiado” profissional ou, por outro lado, extremamente descuidado, pode mostrar que ora está alguma entidade por detrás (uma marca comercial, por exemplo), ou então não há grande cuidado na manutenção da página, que pode passar por um escrita despicienda e sem rigor.
  5. A página está ‘viva’? Se o website não é atualizado, é provável que a página esteja ‘morta’ ou ‘moribunda’ e, por isso, a informação e recursos apresentados podem perfeitamente estar caducos. A data em que uma informação é publicada deve ser um elemento a considerar, para além da vitalidade e da regularidade dos conteúdos partilhados.
  6. O conteúdo é alarmista e potencialmente perigoso? É importante questionar se as dicas de um determinado site representam um grande desafio àquilo que são práticas comuns. Se as sugestões dessa página são de tal ordem contrárias àquilo que são parâmetros habituais, ainda que falem de eventuais resultados positivos obtidos, vale a pena questionar o que é sugerido, de modo a evitar consequências perigosas para a saúde das crianças.
  7. As soluções são miraculosas? Uma forma de chamar a atenção dos leitores é apresentar soluções com resultados imediatos e de enorme efeito, dizendo que alguém está a tentar esconder o benefício dessa prática. Quando “a esmola é grande”, o leitor deve desconfiar.
  8. É possível confirmar a informação? Quando se encontra informação útil, mas que necessita de validação, é importante confirmar isso cruzando com outras fontes. O próprio site pode apontar para algumas fontes.

Nunca é demais recordar que a informação veiculada por uma entidade oficial, sob a forma de um relatório, por exemplo, confere maior fiabilidade quando comparado com uma página mantida por alguém que não conhecemos. No entanto, sites e blogues onde pessoas partilham as suas experiências e dicas sobre parentalidade são cada vez mais fontes relevantes para as mães – e pais – satisfazerem dúvidas quanto à melhor forma de cuidar e educar as suas crianças.

Luís Pereira

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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