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Na Internet o dia das mentiras pode ser todos os dias

Se está na net não significa necessariamente que seja verdade. Conspirações, celebridades que morrem, imagens manipuladas, traduções erróneas em vídeos, entre outros, fazem parte dos conteúdos que encontramos na Internet. Considerando que se trata de uma fonte de informação absolutamente relevante, convém estar atento e alertar os mais pequenos para importância de usarmos de uma certa desconfiança sempre que estamos online. Muitos desses enganos acontecerão porque alguém iniciou um boato mais ou menos inócuo, mas outros são o resultado de manipulações com algum interesse escondido.

O Google, o motor de busca mais popular nas nossas pesquisas, é mais complexo do que aparenta, permitindo buscas sobre um assunto, por exemplo, em jornais ou limitar a pesquisa a artigos científicos. Quanto melhor se conhecer essas ferramentas, bem como a sua lógica, melhor uso podemos fazer da informação que nos chega. Na verdade, compreender a forma como a web se organiza, e como pode ser manuseada, representa uma importante vantagem no nosso mundo, onde a informação, consumida e partilhada, é cada vez mais um fator crítico.

No final do ano passado, um relatório da entidade reguladora dos media do Reino Unido dava conta de que somente cerca de 30% dos jovens inquiridos era capaz de distinguir um anúncio de um link relevante numa pesquisa no Google. Dados como este revelam que, para além do acesso, as crianças precisam de ser instigadas a estar atentas aos detalhes quando fazem pesquisas na Internet. Seguem-se alguns tópicos de conversa para ajudar as crianças as compreender como funciona a web.

1. Criar para testar

Quando se cria um website ou um blogue, por exemplo, e se faz uma pesquisa a seguir, perceber-se que dificilmente esse website acabado de criar aparece indicado numa pesquisa no Google. Isso dá a ideia de que não conseguimos encontrar tudo que está online numa consulta com um motor de busca.

Uma outra atividade que pode ajudar as crianças a perceberem a lógica da web é criar ou editar um conteúdo na Wikipédia. Dar conta de que um dos recursos que tem maior destaque em grande parte das buscas pode, afinal, ter este tipo de contributos ajudará a relativizar o valor da informação que aí encontramos.

2. Diversificar as fontes

Um cartoon dizia que o melhor local para esconder segredos é a página dois do Google – precisamente porque poucos são os que avançam para além dos primeiros resultados facultados por uma pesquisa. Por paradoxal que pareça, a quantidade de recursos não se traduz necessariamente em diversidade. Quando, antes, havia dois ou três livros ou enciclopédia disponíveis na estante, em lugar dos milhares que uma pesquisa no Google nos dá, um trabalho sobre um assunto originava relatórios mais diversificados do que acontece agora nas escolas.

3. Somos todos responsáveis pelo ambiente... online

Numa lógica mais estrita, talvez seja demasiado ambicionar que todos os utilizadores, nomeadamente as crianças, sejam também produtores de conteúdo. Porém, o simples facto de clicar num vídeo é já uma forma de participar, os ‘likes’ que fazemos ou os links que partilhamos são, por si, uma forma de participação. Vale, pois, a pena estar atento às instituições ou artigos em que colocamos ‘like’, para evitar ser emissário de notícias falsas ou de imagens e vídeos com conteúdo xenófobo, sexista ou, de algum modo, ofensivo.

4. Promover o espírito crítico

Nos assuntos da Internet, não esperem os adultos estar imunes a cair no engano. Isso inclui profissionais da comunicação social e membros da academia. O caso de um estudo que mostrava que o chocolate fazia emagrecer correu jornais e televisões de pelo menos 20 países. Mais tarde, veio a verificar-se que afinal esta tinha sido forjada por um jornalista para testar até onde podia levar a sua invenção científica. Contou o próprio que, com isto, demonstrou que as notícias sobre ciência publicadas em jornais precisam de ser mais escalpelizadas.

Talvez tudo possa parecer novo, no entanto, no tempo em que só líamos jornais ou seguíamos as notícias pela televisão, o nosso filtro também devia estar alerta. Sempre foi importante perceber que há diversos interesses ou erros involuntários na construção da informação. Na verdade, compreender a forma como a web se organiza, e como pode ser manuseada, representa uma importante vantagem no nosso mundo, onde a informação, consumida e partilhada, é cada vez mais um fator crítico. Depende de cada um de nós que o dia das mentiras na Internet não seja “celebrado” 365 vezes ao ano.

Luís Pereira

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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