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Urticária aguda

A urticária e o angioedema são frequentemente vistos como uma doença cutânea. No entanto, devem ser considerados, mais corretamente, como uma manifestação de um amplo grupo de doenças.

Definição

A urticária é caracterizada pelo aparecimento súbito de pápulas, angioedema ou ambos.

A pápula é uma reação cutânea fugaz caracterizada pelo aparecimento de pápulas de vários tamanhos. Cada lesão pode aparecer numa parte do corpo ou em várias e desaparece em menos de 24h sem deixar sequelas. Pode voltar a aparecer nas horas ou dias seguintes (podendo ter uma duração total até 6 semanas). Habitualmente tem comichão associada.

O angioedema caracteriza-se por lesões edematosas, geralmente com sensação de queimadura ou dor e associadas a menos comichão. Atinge principalmente face, genitais, mãos e pés. As lesões regridem habitualmente em menos de 72h, não deixando lesões residuais.

Frequência

Estima-se que a urticária aguda possa afetar cerca de 15 a 20% da população em algum momento da sua vida.

É muito frequente nos primeiros anos de vida, atingindo cerca de 6 a 7% das crianças com menos de 6 anos. Esta percentagem é ainda mais elevada em crianças com dermatite atópica, cerca de 17%.

Causas

As causas são muito variáveis.

Os vírus são a causa mais comum em idade pediátrica, correspondendo a mais de metade dos casos. A prevalência diminui com a idade.

Os alimentos são também causa frequente, podendo causar urticária por ingestão, por inalação, sobretudo de alergénios aerotransportados (como vapores, nomeadamente de mariscos e peixe) e ainda por contacto (por exemplo, com pele do pêssego).

Também os fármacos são fator causal. Na prática torna-se difícil distinguir a causa, se é do fármaco em si ou do processo infecioso associado. De salientar que em crianças, perante a suspeita de reação alérgica ao fármaco, raramente se confirma a sensibilização ao mesmo. Os fármacos mais frequentemente implicados são os antibióticos e os anti-inflamatórios.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, através das manifestações cutâneas.

Na urticária aguda, por norma, não há indicação para exames laboratoriais de rotina.

Tratamento

Em primeira instância devem ser aplicadas medidas não medicamentosas, nomeadamente:

  • Eliminação de alimentos /fármacos, consoante suspeita clínica
  • Para alívio do prurido, aplicar compressas de água fria e/ou loção de calamina
  • Evitar contacto com água quente, atividade física, álcool e cafeína, stress, exposição solar, roupas apertadas
  • Evitar ingestão de alimentos histaminérgicos (queijo, laranja, chocolate, cafeína, morango, frutos vermelhos, tomate)

Em relação ao tratamento medicamentoso deve ser inicialmente administrado anti-histamínico, previamente prescrito pelo médico. Outros medicamentos podem ter interesse em situações particulares mediante avaliação médica.

Os corticoides tópicos não estão recomendados bem como a hidroxizina.

Prognóstico

Em idade pediátrica é considerada uma doença benigna e autolimitada em 95% dos casos, com resolução completa em 15 dias.

ALERTA

Deve recorrer-se ao Serviço de Urgência se:

  • Edema da face, genitais, mãos ou pés
  • Rouquidão
  • Dificuldade em respirar
Joana Vilaça, com a colaboração de Margarida Reis Morais, Pediatra do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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