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Sempre que no grupo surgia um conflito e o mau ambiente fazia acreditar que estava tudo perdido, António conseguia dar a volta à situação apaziguando os ânimos e fazendo com que todos escutassem as posições em confronto e refletissem sobre elas. Sempre que surgia aquela cliente agressiva, era Ana quem a atendia, pois parecia ter um dom natural para a ouvir e acalmar para, em seguida, resolver os problemas colocados por ela. Há pessoas, como o António e como a Ana, que parecem ter uma enorme facilidade em se relacionar com os outros, em comunicar, em ouvir e se fazer ouvir, em resolver conflitos. Têm uma inteligência interpessoal bastante desenvolvida.
Gardner, um psicólogo americano, definiu sete tipos de inteligência - inteligência linguística, inteligência lógico-matemática, inteligência visual-espacial, inteligência quinestésica, inteligência musical, inteligência interpessoal e inteligência intrapessoal -, debruçando-se este artigo sobre a inteligência interpessoal.
Características: A competência básica fundamental deste tipo de inteligência é o talento para compreender os outros, pelo que as pessoas com esta inteligência desenvolvida têm grande facilidade em estabelecer empatia. Relacionam-se, interagem e trabalham bem com outros indivíduos, tendo facilidade em os motivar a persistir na busca dos objetivos comuns. Conseguem compreender e interpretar os sentimentos, as motivações e as intenções dos outros. Interagem de forma eficaz, mobilizando competências variadas, particularmente no âmbito da comunicação verbal e não verbal. São também eficazes na gestão de conflitos. Gostam de conviver e fazem amigos facilmente. Têm mais proveito quando estudam em grupo, podendo aí trocar ideias com outros colegas e dar e receber apoio mútuo. Não apreciam trabalhar sozinhas.
A inteligência interpessoal é fundamental para o exercício de diversas profissões, entre as quais se contam: professor, médico, psicólogo, advogado, vendedor e político. No entanto, a sua importância para a vida em sociedade é também crucial. Por isso, é essencial que os educadores reflitam sobre as suas próprias competências neste domínio e desenvolvam, com as crianças/jovens, um trabalho intencional de desenvolvimento da inteligência interpessoal.
Chapman, C. (1993). If the shoe fits... How to develop multiple intelligences in the classroom. Palatine, Illinois: IRI/Skylight, Inc.
Gardner, H. (1993). Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences.London: fontana Press.
Zenhas, A., Silva, C., Januário, C., Malafaya, C., & Portugal, I. (2002). Ensinar a estudar - Aprender a estudar (4.ª ed.). Porto: Porto Editora.
ARMANDA ZENHAS
Professora aposentada. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Mestre em Educação, área de especialização em Formação Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. Autora de livros na área da educação.
Professora profissionalizada nos grupos 220 e 330. Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professora profissionalizada do 1.º ciclo, pela Escola do Magistério Primário do Porto.
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.
Adriana Campos
Sara R. Oliveira
Armanda Zenhas
Adriana Campos