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Estimar consiste em formar um juízo aproximado relativamente a um valor, um cálculo, uma quantia, um peso, uma medida, etc. A estimativa é utilizada desde há muitos séculos, pelo menos desde que se começou a tentar medir a área de terrenos e o tempo. Muitas outras importantes aplicações da estimativa têm ocorrido ao longo dos tempos. É o caso do valor pi, estimado por Arquimedes, há mais de 2000 anos, ou da estatística, surgida em tempos mais recentes, que procura fazer estimativas, por exemplo, relativamente a populações, tendo por base amostras.
Será importante ensinar as crianças e os jovens a fazer estimativas? Sem dúvida. Por um lado, há situações em que não se consegue fazer cálculos exatos e é necessário estimar. Isto passa-se, por exemplo, quando precisamos de estar a uma hora exata num local mais ou menos distante e se torna necessário calcular o tempo necessário para lá chegar, deixando uma margem de segurança para qualquer imprevisto. Noutras situações, estimar simplifica o trabalho mental.
Se, no ensino da matemática, se ignorar a estimativa, ensinando-se apenas procedimentos que conduzam a respostas exatas e únicas, ignora-se uma parte da matemática e impede-se as crianças e os jovens de ganharem experiência e confiança a esse nível. Os pais podem também ajudar os filhos nesse domínio. Com efeito, muitas são as situações do quotidiano em que usamos a estimativa como forma de resolução de problemas, e em que eles podem ser chamados a colaborar. Seguem-se algumas sugestões de atividades que os pais podem realizar com os filhos, ajudando-os a desenvolver estratégias para estimar. Trata-se de problemas a resolver ou de situações lúdicas, que terão de ser selecionadas de acordo com a idade e os conhecimentos das crianças ou dos jovens.
Como foi dito anteriormente, estimar significa formar uma opinião com base num julgamento de valor aproximado. Para isso é necessário ter valores de referência, como se vê nos exercícios propostos. Se uma criança nunca fez compras nem lidou com preços, ser-lhe-á muito difícil fazer estimativas dessa natureza, por falta de valores de referência. Por outro lado, estimar não implica uma resposta única. Ela pode situar-se num intervalo que, no entanto, deve ser plausível. Por exemplo, se estimamos o peso de um bebé recém-nascido, o intervalo plausível poderá situar-se entre os 2,5 kg e os 3,5 kg. Se estimarmos o peso de um adulto, o intervalo plausível será certamente maior. Por conseguinte, as atividades propostas ajudam as crianças e os jovens a habituarem-se a criar valores de referência e a avaliar a plausibilidade do resultado estimado. O carácter lúdico e a afetividade envolvida nessas atividades reforçarão a sua motivação para a aprendizagem, a aquisição de competências de estimativa e o desenvolvimento de conceções positivas acerca da matemática.
ARMANDA ZENHAS
Professora aposentada. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Mestre em Educação, área de especialização em Formação Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. Autora de livros na área da educação.
Professora profissionalizada nos grupos 220 e 330. Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professora profissionalizada do 1.º ciclo, pela Escola do Magistério Primário do Porto.
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.
Armanda Zenhas
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Armanda Zenhas