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A sexualidade é um assunto que está na ordem do dia e as crianças e os adolescentes estão desde cedo expostos a esta temática, através da televisão, publicidade, filmes, revistas e amigos. Como tal, as dúvidas e questões da sexualidade aparecem no dia a dia das famílias.
Os educadores, nomeadamente os pais, devem ser influências positivas no comportamento sexual adotado pelos jovens. Ser pai, mãe ou um educador em contexto familiar e abordar as questões ligadas à sexualidade com os filhos não é tarefa fácil. No entanto torna-se indispensável ao desenvolvimento responsável e informado destes jovens consoante a fase etária das suas vidas.
As famílias são todas diferentes e cada família terá a sua forma de comunicar sobre este tema. Existem várias formas e nenhuma é melhor que outra, desde que exista diálogo e respeito pelo outro.
A educação sexual deve começar na pré-adolescência, ou seja, antes dos 10 anos, porque está comprovado que não aumenta o risco de atividade sexual mais cedo e diminui os comportamentos de risco. Os pais devem abordar estes assuntos desde essa altura, sem receio que possam ferir ou que possa encorajar a atividade sexual dos seus filhos porque, de facto, as crianças e os adolescentes tomam melhores decisões quando têm toda a informação que precisam e se sentem confortáveis a conversar e por dúvidas.
Devemos colocar questões abertas e ouvir as dúvidas, passar mensagens simples, fáceis de compreender e com a informação essencial. Não é sempre preciso uma grande conversa. Ouça as questões e assegure-se que está a responder às perguntas, em vez de falar em termos gerais. E, no final, esclareça que podem sempre fazer mais perguntas.
Ajudar os seus filhos a sentirem-se bem com a sexualidade desde o início é orientá-los na sua educação, saúde e responsabilidade. Não tire conclusões precipitadas: uma pergunta sobre sexo não significa necessariamente que os seus filhos estão a ter atividade sexual. Mostre que está sempre do lado dos seus filhos. As crianças têm de ser capazes de confiar que os seus pais ou educadores sejam razoáveis, independentemente do tipo de problemas ou preocupações que eles lhes tragam.
Existe, no entanto, informação adaptada às diferentes idades. Por exemplo, a uma criança de cinco anos podemos ensinar corretamente os nomes das partes do seu corpo, incluindo os seus órgãos genitais e até as diferenças entre o corpo do homem e da mulher.
Antes da adolescência, devemos explicar as alterações pubertárias femininas e masculinas e o ciclo menstrual às raparigas, informar acerca dos métodos contracetivos e do início da atividade sexual.
Enquanto educador de uma criança ou adolescente, não tem que fazer tudo sozinho e, por vezes, é complicado falar sobre valores e sexualidade. Existem muitos livros e brochuras disponíveis que o podem ajudar dar respostas a estas perguntas e encontrar formas de abordar estes assuntos quando não se sente tão confortável. Lembre-se que não tem que ser um momento exato nem solene para acontecer. Pode acontecer em frente à televisão, num passeio, enquanto arruma a cozinha com os filhos... No fundo, é um processo contínuo e se o abordar com naturalidade, proximidade, amor e alegria será mais fácil discutir e trocar ideias.
SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA
Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.
Mariana Portela
Ricardo Jorge Silva
Susana Carvalho
Mariana Portela