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Orelhas Aladas

As orelhas aladas, também conhecidas como “orelhas proeminentes” ou “orelhas procidentes”, estão presentes em 5% da população, tornando-se, dessa forma, a anomalia multifatorial mais comum do ouvido externo. Afeta de igual forma ambos os sexos e estima-se que haja um componente familiar associado.

Por que ocorre?

Geralmente há um subdesenvolvimento ou ausência da anti-hélix, fazendo com que haja um aumento da protusão helicoidal superior. Uma maior profundidade ou rotação anterior da concha assim como protusão lobular acentuada são também possíveis causas de dar à orelha um aspeto proeminente. Uma distância da hélix à mastóide superior a 2cm é a medição mais frequentemente utilizada para classificar a anomalia, assim como um ângulo auriculocefálico superior a 30-40 graus.

O meu filho tem orelhas aladas, e agora?

As orelhas procidentes, embora sendo uma deformidade de carácter estético, ou seja, sem alterações da capacidade auditiva da criança, podem ser causa de angústia e desconforto, principalmente para crianças em idade escolar. Situações de bullying são frequentes, provocando diminuição da autoconfiança da criança, ansiedade, alterações do comportamento ou mesmo afetação do rendimento escolar, questões essas que, pelo forte impacto emocional que acarretam, persistem muitas vezes na vida adulta.

Qual a melhor altura para a intervenção cirúrgica?

A otoplastia, nome atribuído à cirurgia corretiva das orelhas aladas, deve ser realizada tendo em consideração o crescimento auricular, a consistência da cartilagem, a pressão psicológica e o desejo da criança. De forma a minimizar o impacto na qualidade de vida da criança, a cirurgia deve ser realizada em idade pré-escolar, pelos 6 anos de idade, altura em que já não são se esperam alterações morfológicas auriculares.

Convém não esquecer que, apesar do efeito satisfatório pós-cirurgia e da sua frequente recomendação, a otoplastia trata-se de um procedimento cirúrgico invasivo, que poderá acarretar todas as complicações inerentes ao mesmo, tais como hematomas, hemorragias e infeções ou, de forma mais tardia, alterações da cicatrização, assimetrias ou deformidades auriculares. Assim, um seguimento pós-cirúrgico torna-se fundamental.

Mariana Portela, Interna de Formação Específica de Pediatria do Hospital de Braga, sob orientação do Professor Doutor Jorge Correia-Pinto, Professor Catedrático de Cirurgia Pediátrica da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho e Diretor do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de Braga.

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

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