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Trombocitopenia significa diminuição do número de plaquetas, que são as células responsáveis por coagular o sangue e evitar sangramentos.
A TIP é uma doença caracterizada pela diminuição isolada da contagem de plaquetas para valores inferiores a 100 000/uL, na ausência de um fator desencadeante ou causa subjacente.
Geralmente é notado o aumento súbito de equimoses (as chamadas nódoas negras), petéquias (pintas vermelhas que não desaparecem quando pressionamos com a mão) ou sangramento (habitualmente pelas gengivas ou nariz mas também pela urina ou pelas fezes ou então uma hemorragia abundante durante a menstruação).
Em alguns casos existe associação a história prévia de infeção nas 4 semanas anteriores, ou pode estar associada à administração da vacina VASPR nas 6 semanas anteriores ou pode ainda surgir após a toma de medicamentos como heparina, quinidina, sulfonamidas, ácido valpróico ou carbamazepina.
Os pais devem estar alerta para sinais de alarme como o aparecimento de sintomas sistémicos, como febre, perda de apetite, dores nas articulações, dores ósseas, aumento dos gânglios linfáticos ou perda de peso.
A TIP é uma das causas mais frequentes de trombocitopenia em idade pediátrica. Surge em cerca de 1,9 a 6,4 crianças em cada 100 000. É mais frequente entre os 2-8 anos, com um pico de incidência entre os 2-5 anos e um pico menor na adolescência. A TIP é ligeiramente mais frequente no sexo masculino, mas na adolescência e jovens adultos a incidência é superior no sexo feminino.
Esta é uma doença autoimune, em que ocorre desregulação da imunidade, mas a sua causa é desconhecida.
Cerca de 2/3 dos casos de TIP vão recuperar espontaneamente em menos de 1 ano, ou seja, a doença resolve-se sem tratamento. No entanto 1/3 dos casos pode ter um curso mais prolongado com evolução para doença crónica.
O tratamento tem como objetivos principais controlar os sintomas e normalizar o número das plaquetas.
Nem todas as crianças necessitam de tratamento.
Na maioria dos casos, os sintomas são ligeiros e a doença cura espontaneamente, não sendo necessário qualquer tratamento. As crianças sem sangramento ou com manifestações ligeiras, com contagens de plaquetas menos afetadas, podem manter vigilância em casa, sendo necessário manter avaliação regular nas consultas com realização de análises frequentes ao sangue.
Os casos em que existem sintomas graves, ou contagens de plaquetas muito baixas podem necessitar de internamento no hospital para realizar tratamento. O tratamento de primeira linha é a Imunoglobulina Endovenosa, mas os corticóides também podem ser usados. Nos casos de difícil resolução pode ser necessário recorrer a medicamentos imunossupressores ou até à remoção do baço. Nestes casos também será necessário manter avaliação regular nas consultas com realização de análises frequentes ao sangue.
Mariana Santos e Ana Luísa de Carvalho, Internas em Formação Específica de Pediatria do Hospital de Braga, com a colaboração da Dr.ª Maria Miguel Gomes, Pediatra no Serviço de Pediatria do Hospital de Braga.
Serviço de Pediatria do Hospital de Braga
Este espaço é da responsabilidade da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.
Joana Vilaça
Sandra Costa
Sofia Brandão Miranda
Joana Vilaça