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Dedos dos pés “encavalitados”

O cavalgamento dos dedos ou dedos sobrepostos é uma condição na qual um ou mais dedos se curvam e ficam no topo ou sob um dedo adjacente. Às vezes, a condição é conhecida como clinodactilia, mas este é um termo amplo que se refere também a várias condições semelhantes que afetam os dedos das mãos.

Definição:

O cavalgamento dos dedos ou dedos sobrepostos é uma condição na qual um ou mais dedos se curva e fica no topo ou sob um dedo adjacente. Às vezes, a condição é conhecida como clinodactilia, mas este é um termo amplo que se refere também a várias condições semelhantes que afetam os dedos das mãos.

Esta condição pode afetar qualquer dedo do pé, embora o cavalgamento do quinto dedo (mais pequeno) ou quinto dedo supraducto, caracterizado pela subluxação dorsal da falange proximal e adução na articulação metatarsofalângica, é a deformidade mais comum (79%), sem predominância de lateralidade e sendo até bilateral em cerca de 25% dos pacientes.

Os dedos sobrepostos podem ser classificados como fixos (na impossibilidade de colocá-los na posição correta) ou corrigíveis/flexíveis (manualmente redutíveis até à posição correta).

Deformidades adicionais do antepé ou anormalidades neurológicas podem estar presentes e devem ser procuradas rotineiramente.

Causas:

A verdadeira causa ainda é desconhecida. A condição é habitualmente congénita e tem carácter familiar, dado que é frequente um ou ambos os pais apresentarem a mesma deformidade.

Diagnóstico:

Inicialmente, devem ser colhidos os antecedentes obstétricos e pessoais do lactente/criança, assim como os antecedentes familiares do mesmo. Os sinais percecionados pelos pais e os sintomas manifestados devem ser caracterizados. Posteriormente, deve ser realizado um exame físico detalhado. Para caracterização da deformidade pode ser necessária a realização de uma radiografia do pé para estudar a estrutura óssea ou até uma ressonância magnética para analisar a posição e a estrutura dos tendões e ligamentos que sustentam o pé.

Sintomas:

Por vezes, esta deformidade pode ser dolorosa e/ou incapacitante na população pediátrica, dificultando o uso de calçado decorrente do edema e dor nos dedos dos pés provocado pela fricção no calçado.

Tratamento:

Na maioria das vezes, esta deformidade tem uma evolução benigna para a resolução espontânea apenas com o início da marcha. Em algumas situações pode ter uma evolução desfavorável como problemas no uso de calçado, deformidades nas articulações e formação de calos ou lesões cutâneas que causam desconforto e dor. Os dedos sobrepostos flexíveis podem se tornar fixos, e os dedos sobrepostos fixos podem tornar-se dolorosos.

Se a deformidade não for dolorosa ou não afetar o uso de calçado, não precisa de ser tratada. Caso contrário, o tratamento deve ser considerado, e a abordagem vai depender se é um dedo sobreposto fixo ou flexível.

O tratamento de primeira linha é a abordagem conservadora e concentra-se em afastar os dedos e alinhá-los corretamente com recurso a fitas adesivas, apresentando, geralmente, bons resultados. A cirurgia deve ser ponderada somente após a otimização de medidas menos invasivas. Em casos resistentes ao tratamento conservador ou nas deformidades mais graves (muito raramente), a abordagem cirúrgica com libertação do tendão ou ligamento afetado e/ou colocação de um parafuso para reposicionar o dedo pode ser realizada.

Sofia Brandão Miranda, Interna em Formação Especifíca de Pediatria do Hospital de Braga, com a colaboração do Dr. Eduardo Almeida, Ortopedista Pediátrico do Centro Hospitalar do Porto.

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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