Escola Virtual

Login

Comprar

Para alunos e pais

Para professores

Para instituições

Outros produtos, serviços e funcionalidades

Blogue EV e Webinars

Ajuda

O Movimento da Escola Moderna

O MEM tem por base a pedagogia de Célestin Freinet, um professor francês, que desenvolveu um método natural de aprendizagem, no decurso do seu trabalho como docente do 1.º ciclo, iniciado em 1920.

O Movimento da Escola Moderna (MEM) é uma associação de professores e outros profissionais da educação já com algumas décadas de tradição em Portugal. Reconhecido pela Federação Internacional dos Movimentos da Escola Moderna em 1966, a Associação formalizou-se em 1976, começando a publicar o seu Boletim Escola Moderna em 1978.

O MEM tem por base a pedagogia de Célestin Freinet, um professor francês, que desenvolveu um método natural de aprendizagem, no decurso do seu trabalho como docente do 1.º ciclo, iniciado em 1920. Algumas das técnicas que mais se destacam na sua pedagogia são: a "aula-passeio", dada fora da sala de aula, como motivação para os alunos e pondo-os em contacto com a realidade; a produção de textos livres, quando e como a criança quer, a partir dos quais se faz a aprendizagem da leitura e da escrita, segundo o método natural; a imprensa escolar, com entrevistas, pesquisas, vivências, relatos de aulas-passeios e textos livres; a correspondência interescolar; o livro da vida, funcionando como um diário da turma; autoavaliação; e plano de trabalho. Atualmente estas técnicas contam com o apoio das novas tecnologias, como, por exemplo, o vídeo, o computador ou a Internet.

O MEM, na esteira de Freinet, pratica uma pedagogia de cooperação educativa, em que alunos e professores negoceiam atividades e projetos a desenvolver em torno dos conteúdos programáticos, tendo por base os interesses e saberes dos estudantes e o contexto cultural das comunidades. Esta organização cooperativa promove o desenvolvimento moral e cívico, a capacidade de iniciativa, a corresponsabilização dos alunos pela sua aprendizagem e a aprendizagem da democracia.

Definindo cada aluno um plano de trabalho autónomo, ao professor cabe acompanhar a sua execução e evitar a acumulação de dificuldades. Procura-se, assim, respeitar o ritmo e as características de cada estudante e garantir o sucesso de todos. Todos os alunos são implicados no sucesso de cada um, através do apoio prestado pelos que têm mais facilidade àqueles que apresentam mais dificuldades.

O MEM centra-se na formação contínua dos professores, que se processa num modelo de autoformação cooperada, para o que se organiza em grupos de trabalho cooperativo, que refletem sobre as suas práticas e partilham experiências e instrumentos de trabalho. Existem diversos espaços destinados a essa formação contínua, que vão desde reuniões regionais mensais a um congresso nacional anual. O MEM dispõe ainda do já referido Boletim 'Escola Moderna' e de um Centro de Recursos. A formação inicial é assegurada através de ações de formação que pressupõem o apoio ao professor na aplicação do modelo pedagógico às suas turmas.


ARMANDA ZENHAS
Professora aposentada. Doutora em Ciências da Educação pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Mestre em Educação, área de especialização em Formação Psicológica de Professores, pela Universidade do Minho. Autora de livros na área da educação.
Professora profissionalizada nos grupos 220 e 330. Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas, nas variantes de Estudos Portugueses e Ingleses e de Estudos Ingleses e Alemães, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Professora profissionalizada do 1.º ciclo, pela Escola do Magistério Primário do Porto.

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

Artigos relacionados

Inteligência intrapessoal
Educação

Inteligência intrapessoal

Armanda Zenhas

Voltar aos artigos
To Top