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O stress na criança

Há crianças que podem ser praticamente invulneráveis às tensões da vida, enquanto outras são muito sensíveis ao stress.

No processo de crescimento, as crianças e os adolescentes deparam-se com situações perturbadoras, que podem afetá-los tanto física como emocionalmente. Fala-se de stress como uma reação natural do organismo a um estímulo ou situação especial de tensão, ou de intensa emoção, que pode ocorrer em qualquer indivíduo, independentemente da sua idade.

Geralmente as reações de stress são breves e facilmente ultrapassadas pelas crianças e pelos adolescentes. Mas nalguns casos, estes podem desenvolver uma perturbação mais prolongada e intensa.

A reação que se segue ao episódio traumático, e que pode prolongar-se até quatro semanas depois, chama-se perturbação aguda de stress. Se ocorre mais de um mês após o acontecimento, ou se se prolonga por mais de 4 semanas, denomina-se perturbação pós-stress traumático. Estas reações dependem:

  • Da gravidade do traumatismo e da proximidade deste em relação ao indivíduo;
  • Da eventual repetição do episódio traumático;
  • Do envolvimento direto da criança ou adolescente;
  • Das características e sensibilidade individual de cada um.

Uma lista infindável de situações pode originar stress neste grupo etário. Esta inclui:

  • Mudanças constantes;
  • Responsabilidades e atividades em excesso;
  • Discussões e/ou divórcio dos pais;
  • Nascimento de irmão;
  • Hospitalização;
  • Morte na família;
  • Problemas na escola, troca de professor ou de escola, entre outras.

Devemos alertar os pais para o stress. A criança é um ser em desenvolvimento, bastante sensível, que capta facilmente as emoções das pessoas ao seu redor. Atitudes saudáveis em situações de conflito são essenciais para a saúde do seu filho.

Além de todos estes fatores externos, há também que valorizar a fase de desenvolvimento da criança e os fatores genéticos. Há crianças que podem ser praticamente invulneráveis às tensões da vida, enquanto outras são muito sensíveis ao stress.

Os sintomas de stress infantil podem ocorrer a nível físico, psicológico ou ambos, citando-se alguns exemplos:

  • Dor de barriga ou de cabeça;
  • Náuseas;
  • Agitação;
  • Enurese noturna e outros comportamentos regressivos;
  • Gaguez;
  • Terrores noturnos;
  • Dificuldades nas relações interpessoais, insegurança, agressividade;
  • Choro ou medo excessivos;
  • Oposição e rebeldia;
  • Dificuldades escolares.

Se os sintomas de stress se prolongarem sem tratamento, ou sem resolução, esta situação pode interferir no desenvolvimento e na vida social e escolar das crianças e adolescentes.

É fundamental descobrir a causa do problema e desenvolver estratégias para lidar com um nível de stress excessivo, visando promover a saúde da criança/adolescente ajudando-a(o) a enfrentar as mudanças que ocorrem na sua vida e a ter um desenvolvimento mais saudável.

Atitudes dos pais e dos professores como o reconhecimento e a aceitação do problema, ajudar os mais novos a reconhecer, a aceitar e a expressar os seus sentimentos, a preparação da criança/adolescente para um acontecimento stressante (ex.: nascimento de irmão) podem ajudar na resolução destas situações.

O apoio de um profissional deverá ser ponderado se a perturbação se agravar ou durar mais de um mês e/ou se os sintomas impedirem a criança ou o adolescente e a sua família de prosseguirem normalmente o seu dia a dia.

Gabriela Marques Pereira, com a colaboração de Helena Silva, pediatra do Hospital de São Marcos de Braga

SERVIÇO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL DE BRAGA

Este artigo é da autoria da equipa médica do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga, instituição certificada pelo Health Quality Service (HQS).

A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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