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Perigos escondidos no chá de hipericão

Como somos nós, efetivamente, os principais interessados e responsáveis pela nossa saúde, aqui fica uma lista de efeitos colaterais e cuidados que se devem ter, sempre que se tomar esta planta ou seus derivados.

O hipericão, cujo nome científico é Hypericum perforatum, e que é também conhecido por erva-de-são-joão, é usado como medicamento desde a Grécia antiga.

Na Europa continua a prescrever-se como antidepressivo, mas o que é grave é que, sendo um medicamento de venda livre, não está sujeito a qualquer prescrição médica e qualquer um de nós o pode comprar em lojas de produtos naturais, não estando sujeito a regulação pelo Infarmed. A atuação dos medicamentos, naturais ou não, baseia-se na ação de um princípio ativo e, tal como os medicamentos convencionais, desde que não seja um placebo, se há benefício para o organismo, certamente haverá também algum prejuízo ou efeito indesejável.

Quando compramos um suplemento alimentar, na forma de chá, cápsulas ou outra, não só não sabemos tudo sobre o que estamos a comprar como não conhecemos de todo os seus efeitos colaterais. E, em grande parte dos casos, nem os funcionários que os vendem estão informados sobre isso. Para além disso, como se pensa e diz que "o que é natural é bom", ninguém se lembra de referir o que está a tomar quando inicia um tratamento com medicação convencional e, na maioria dos casos, nem o próprio médico se lembra de o questionar.

Mas como somos nós, efetivamente, os principais interessados e responsáveis pela nossa saúde, aqui fica uma lista de efeitos colaterais e cuidados que se devem ter sempre que se tomar esta planta ou seus derivados. Para que nunca nos esqueçamos de informar o médico que nos vai tratar.

Para que se toma a erva-de-são-joão

Embora haja estudos que negam a sua influência benéfica no tratamento de estados depressivos, outros há que evidenciam o seu benefício no tratamento de depressões leves a moderadas e com menos efeitos indesejáveis. No entanto, uma vez que uma depressão leve pode, desde que não tratada, resultar numa depressão grave, é muito importante falar abertamente com o médico acerca dessa decisão e, caso não seja ele a prescrevê-lo, que possa ir monitorizando de perto a evolução desse estado. De qualquer modo, se desconfiar que tem uma depressão, seja ela leve ou não, a primeira coisa a fazer é consultar o seu médico para um aconselhamento mais avisado. A ideia de que tratar uma depressão com um produto natural pode não fazer bem, mas também não faz mal é completamente errada e até perigosa...

Efeitos secundários

Quem estiver a tomar produtos à base de hipericão pode sentir ou experimentar tonturas, boca seca, dores de estômago, diarreia, náuseas, cansaço e aumento da sensibilidade à luz solar, sendo muito importante nessa altura que as pessoas com pele clara usem protetor solar e evitem totalmente o bronzeamento em solários, devido ao perigo de um maior efeito das radiações ultravioleta sobre a pele.

Interações com medicamentos convencionais

Apesar da sua aparente inocuidade, o hipericão pode diminuir ou anular a ação de medicamentos, tais como:

  • Anticoncecionais, aumentando o risco de uma gravidez indesejada;
  • Antidepressivos, podendo aumentar os sintomas resultantes dos mesmos, como confusão mental, ansiedade, enjoos ou dores de cabeça;
  • Anticoagulantes, usados para diluir o sangue e prevenir tromboses;
  • Imunossupressores, usados para evitar a rejeição de órgãos transplantados;
  • Drogas usadas para fortalecer o músculo cardíaco;
  • Medicamentos anticancerígenos (de quimioterapia);
  • Medicamentos para controlar infeção por HIV;
  • Antigripais.

Outras situações que exigem especial cuidado

  • Na preparação para gravidez, na gravidez confirmada ou no período de amamentação;
  • Quando se tomam suplementos de aminoácidos, muito comuns em ginásios, sendo muito perigosa a mistura de ambos;
  • Nas cirurgias: não deve tomar-se nem antes nem depois;
  • Na doença bipolar: não deve ser consumido por quem é portador desta patologia.

Por isso, atenção!

Sempre que estiver a tomar este ou outros suplementos de venda livre, comprados em farmácias, parafarmácias, supermercados ou ervanárias, nunca se esqueça de informar o seu médico caso tenha alguma patologia identificada ou esteja a realizar qualquer tratamento. Não há muita informação científica disponível, mas de uma coisa há a certeza. É que um chazinho, embora pareça inofensivo, pode esconder grandes perigos.

Paula Veloso

Nutricionista e autora de Dietas sem Dieta, Dieta sem Castigo e Peso, uma questão de peso.

Artigo originalmente publicado no Educare.pt

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